Você sabia que a A Lei Brasileira de Inclusão (LBI) diz que as empresas com mais de 100 funcionários são obrigadas a ter de 2% a 5% de colaboradores PcD (pessoa com deficiência)? Mas, não é simplesmente contratar, a inclusão desses profissionais envolve diferentes etapas e adaptações, além da fundamental atuação do setor de Recursos Humanos que deve implementar um programa de diversidade nas empresas.

Em um verdadeiro ambiente de trabalho diverso, os indivíduos apresentam vivências e pontos de vista diferentes. A formação de um pensamento mais empático por parte dos colaboradores, que passam a entender melhor as pessoas com deficiência, vem de forma natural.

Etapas para implantar um programa de inclusão

Os conceitos de inclusão e acessibilidade vão muito além do cumprimento da lei. É preciso relacioná-lo a oportunidade de desenvolvimento de pessoas, da diversidade e estudar os ambientes externos e internos.

Por isso, é imprescindível:

  1. Contratar um especialista para a elaboração de um programa que combine com a missão, visão e valores da empresa;
  2. Sensibilizar a alta direção para a importância do programa;
  3. Divulgar o programa internamente para todos os colaboradores;
  4. Iniciar o processo de seleção;
  5. Promover a integração do novo funcionário na organização e no setor de atuação;
  6. Acompanhar o desenvolvimento do contratado durante o período de adaptação;
  7. Monitorar o plano de desenvolvimento profissional em conjunto com o gestor e o funcionário deficiente;
  8. Incluir o novo colaborador nos programas de treinamento e eventos realizados na companhia.

A arquitetura do ambiente, a comunicação utilizada, métodos e ferramentas para realizar as funções e também o comportamento dos funcionários (tanto dos PcD quanto dos outros colaboradores) são aspectos essenciais que a empresa deve adaptar.

Dicas

Outro ponto que merece destaque é a qualificação acadêmica. Algumas universidades já contam com programas de inclusão de PcD nas empresas. Neste cenário, o papel das organizações é desenvolver as habilidades e competências técnicas desses profissionais.

Que tal um plano de carreira?

Um plano de carreira bem definido contribui para oportunidades de crescimento dentro da empresa, o que impacta os colaboradores positivamente ao saberem por que fazem e o que fazem e como seu papel está alinhado aos objetivos da empresa.

A inclusão de pessoas com deficiência em planos de carreira é uma forma de diminuir a taxa de turnover desses profissionais na empresa. Além de incluí-los com os outros em treinamentos para desenvolvimento profissional.

Cultura organizacional

É evidente que o clima organizacional reflete diretamente na satisfação e produtividade das pessoas com o trabalho exercido. Quanto melhor ele for, mais ideias surgem, o rendimento aumenta e as melhores no ambiente de trabalho são promovidas.

Os profissionais com deficiência também precisam compreender os valores, comportamentos e objetivos da organização. Aqui, há um papel mútuo: os colaboradores deficientes precisam se sentir parte da cultura e os outros colaboradores devem entender que eles também têm a missão de transmiti-la.

Quando os indivíduos começam a conviver com as Pessoas com deficiência e ver o quanto eles são capazes de realizar as atividades, passam a ser mais abertos e compreensíveis não só em como as pessoas trabalham, mas na desenvoltura da equipe em geral.

Infelizmente ainda encontramos empresas com traços preconceituosos, que tendem a ser diminuídos conforme projetos de inclusão são colocados em prática. A contratação de uma Pessoa com deficiência deve afirmar sua qualificação e um bom programa de inclusão não só motiva esses profissionais, mas todos os envolvidos no processo.

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